As Mulheres e a Doença Arterial Coronariana: os Fatos
A Doença Arterial Coronariana (DAC) é a principal causa de morte em homens e mulheres. No entanto, morrem mais mulheres do que homens de DAC a cada ano. O risco de ataques cardíacos em mulheres é semelhante àquele que atinge homens dez anos mais jovens, mas com o passar dos anos, esse risco se torna similar para ambos os sexos na mesma faixa etária. O que causa grande preocupação é o fato de que a taxa de mortalidade devido à DAC em mulheres com idades que variam de 35 a 74 anos é 74% maior nas negras do que nas brancas. Apesar dessas estatísticas, os clínicos gerais e o grande público freqüentemente apontam o câncer de mama e a osteoporose como os maiores riscos para a saúde das mulheres com mais de 50 anos. Essas idéias errôneas em relação à saúde cardíaca das mulheres são alarmantes, considerando que, ao longo da vida, o risco de mortalidade por DAC entre mulheres na pós-menopausa é de aproximadamente 31% quando comparado aos 2,8 % de risco de fratura de bacia e de câncer de mama.
Quando as mulheres apresentam DAC, elas desenvolvem problemas clínicos mais adversos do que os homens. As mulheres têm duas vezes mais probabilidade de morrerem no primeiro ano após um ataque cardíaco do que os homens e aproximadamente 63% das mulheres que morrem inesperadamente devido à DAC já haviam apresentado sintomas prévios. Mulheres que se submetem a cirurgias de revascularização do miocárdio com implantação de pontes possuem duas vezes mais chances de morrerem em conseqüência do procedimento do que os homens, têm menos alívio de seus sintomas e mais freqüentemente necessitam de outra operação. Esses dados, bem como a expectativa de vida das mulheres que supera a dos homens em oito anos, ressaltam a importância de um tratamento preventivo das doenças cardíacas em mulheres de todas as idades. Os fatores primários de risco de DAC, como a dislipidemia (quantidade anormal de lipídeos e lipoproteínas no sangue), hipertensão arterial, inatividade física, sobrepeso e Diabetes Mellitus (DM) são de grande importância para as mulheres.
Fatores de Risco Coronarianos em Mulheres
Enquanto a taxa de mortalidade por DAC diminuiu para mulheres e homens nos últimos 20 anos, esse declínio é menor em mulheres do que em homens. Esse fenômeno é em parte atribuído à uma maior associação, em mulheres mais velhas do que em homens, dos fatores de risco coronarianos, combinados com a Síndrome Metabólica (SM) e, pode explicar a eliminação da "vantagem feminina" em relação a sua maior expectativa de vida. As doenças e condições da SM incluem: obesidade, especialmente na região abdominal, hipertensão arterial, dislipidemia e distúrbios na utilização da glicose. A Síndrome Metabólica freqüentemente leva a doenças coronarianas e à Diabetes Mellitus tipo 2.
Mais de 50% das mulheres com mais de 20 anos estão acima do peso ou obesas, quando comparadas a 60% dos homens. Muito preocupante é o fato de que mais de 65% das negras americanas e das americanas descendentes de mexicanos estão acima do peso ou obesas. Mulheres mais velhas apresentam um maior risco de ganho de peso e acúmulo de gordura abdominal, um componente importante na SM. A inatividade física tem sido considerada o principal contribuinte para a obesidade geral e a abdominal.
A hipertensão arterial afeta mais ou menos 52% das mulheres com mais de 40 anos e, aproximadamente, três de cada quatro mulheres acima de 75 anos apresentam essa condição. A hipertensão é mais comum nas mulheres negras do que nas brancas e acredita-se que ela contribua para a elevação da taxa de mortalidade por DAC. Apesar das controvérsias, parece que o tratamento da hipertensão arterial com uso de drogas traz benefícios. Essas observações novamente corroboram a importância da prevenção de doenças cardíacas em mulheres de todas as idades.
A quantidade anormal de lipídeos e lipoproteínas no sangue tem sido ultimamente relacionada à SM e à DAC e vem sendo chamada de "dislipidemia aterogênica". Essas anormalidades consistem em um aumento de leve a moderado no colesterol LDL (lipoproteínas de baixa densidade) e nos triglicérides, com a predominância de um LDL menor, mais denso e mais aterogênico e em baixos níveis de colesterol HDL (lipoproteínas de alta densidade).
Depois dos 65 anos, um baixo nível de HDL e um alto índice de triglicérides parecem ser fatores de risco de desenvolvimento da DAC mais relevantes para mulheres do que para homens. Os aumentos do LDL e do colesterol total relacionados à idade são maiores nas mulheres do que nos homens, assim como a substituição por partículas de LDL menores, mais densas e mais aterogênicas. Mais de 40% das mulheres com mais de 55 anos possuem níveis elevados de colesterol.
Nenhum outro fator de risco cardíaco tão significante quanto a Diabetes Mellitus aumenta a predisposição feminina para adquirir DAC. A DM afeta 8% de todas as mulheres acima dos 20 anos e é mais prevalente em mulheres americanas negras, hispânicas e índias. Uma mulher com DM possui um risco três a sete vezes maior de ter um problema cardíaco do que uma mulher que não é diabética. Isto em oposição ao risco duas a três vezes maior de os homens com DM desenvolverem DAC. A DM dobra a chance de um segundo ataque cardíaco em mulheres, mas não nos homens. Além disso, 80% das mulheres com DM morrerão por causa de algum tipo de doença cardiovascular. A Diabetes tipo 2 afeta mais mulheres do que homens. A saúde do coração das mulheres é claramente relacionada com seu estado metabólico, particularmente à medida que elas envelhecem.
Mais de 50% das mulheres com mais de 20 anos estão acima do peso ou obesas, quando comparadas a 60% dos homens. Muito preocupante é o fato de que mais de 65% das negras americanas e das americanas descendentes de mexicanos estão acima do peso ou obesas. Mulheres mais velhas apresentam um maior risco de ganho de peso e acúmulo de gordura abdominal, um componente importante na SM. A inatividade física tem sido considerada o principal contribuinte para a obesidade geral e a abdominal.
A hipertensão arterial afeta mais ou menos 52% das mulheres com mais de 40 anos e, aproximadamente, três de cada quatro mulheres acima de 75 anos apresentam essa condição. A hipertensão é mais comum nas mulheres negras do que nas brancas e acredita-se que ela contribua para a elevação da taxa de mortalidade por DAC. Apesar das controvérsias, parece que o tratamento da hipertensão arterial com uso de drogas traz benefícios. Essas observações novamente corroboram a importância da prevenção de doenças cardíacas em mulheres de todas as idades.
A quantidade anormal de lipídeos e lipoproteínas no sangue tem sido ultimamente relacionada à SM e à DAC e vem sendo chamada de "dislipidemia aterogênica". Essas anormalidades consistem em um aumento de leve a moderado no colesterol LDL (lipoproteínas de baixa densidade) e nos triglicérides, com a predominância de um LDL menor, mais denso e mais aterogênico e em baixos níveis de colesterol HDL (lipoproteínas de alta densidade).
Depois dos 65 anos, um baixo nível de HDL e um alto índice de triglicérides parecem ser fatores de risco de desenvolvimento da DAC mais relevantes para mulheres do que para homens. Os aumentos do LDL e do colesterol total relacionados à idade são maiores nas mulheres do que nos homens, assim como a substituição por partículas de LDL menores, mais densas e mais aterogênicas. Mais de 40% das mulheres com mais de 55 anos possuem níveis elevados de colesterol.
Nenhum outro fator de risco cardíaco tão significante quanto a Diabetes Mellitus aumenta a predisposição feminina para adquirir DAC. A DM afeta 8% de todas as mulheres acima dos 20 anos e é mais prevalente em mulheres americanas negras, hispânicas e índias. Uma mulher com DM possui um risco três a sete vezes maior de ter um problema cardíaco do que uma mulher que não é diabética. Isto em oposição ao risco duas a três vezes maior de os homens com DM desenvolverem DAC. A DM dobra a chance de um segundo ataque cardíaco em mulheres, mas não nos homens. Além disso, 80% das mulheres com DM morrerão por causa de algum tipo de doença cardiovascular. A Diabetes tipo 2 afeta mais mulheres do que homens. A saúde do coração das mulheres é claramente relacionada com seu estado metabólico, particularmente à medida que elas envelhecem.
A Atividade Física e a Saúde Cardíaca da Mulher
Dentre os fatores de risco cardiovasculares presentes nas mulheres referidas nesse estudo, o mais prevalente é a inatividade física. Mais de 60% das mulheres não praticam a atividade física recomendada hoje, sendo que mais de 25% não praticam atividade física regular. O comportamento sedentário aumenta com a idade e é maior entre as minorias e entre aqueles com menor poder sócio-econômico.
A inatividade física é um grande fator de risco independente para DAC, em parte devido à sua influência desfavorável sobre as doenças e condições da SM. A relação dose-resposta entre atividade física ou condicionamento físico e morte devido a doenças cardiovasculares tem-se apresentado inversamente proporcional em muitos estudos.
A inatividade física é um grande fator de risco independente para DAC, em parte devido à sua influência desfavorável sobre as doenças e condições da SM. A relação dose-resposta entre atividade física ou condicionamento físico e morte devido a doenças cardiovasculares tem-se apresentado inversamente proporcional em muitos estudos.
Mulheres e homens sedentários apresentam uma taxa mais elevada de infarto do miocárdio não-fatal, derrame, doença vascular periférica, hipertensão arterial e Diabetes Mellitus Tipo 2. Além do mais, há um aumento dos fatores da coagulação no sangue, triglicérides, LDL, índice de massa corporal ou peso corporal e da prevalência do tabagismo, além de uma diminuição da taxa de colesterol HDL. Séries controladas de exercícios físicos têm resultado em reduções do colesterol total, triglicérides, LDL, pressão arterial sistólica e diatólica, gordura corporal e fatores de coagulação e em aumento do colesterol HDL, dos fatores fibrinolíticos e da sensibilidade à insulina. Embora os dados disponíveis sejam limitados, as mulheres parecem obter benefícios similares aos dos homens com a prática de atividade física.
CONCLUSÕES
A DAC é uma grande ameaça para a saúde das mulheres. Conseqüentemente, é vital a conscientização das mulheres, dos profissionais da saúde e dos profissionais de fitness a respeito desse fato.
Estratégias de prevenção possuem o potencial de diminuir significantemente o risco de DAC em mulheres e homens. O aumento da atividade física é a mudança de estilo de vida com maior probabilidade de levar a resultados de amplo alcance na prevenção primária e secundária da DAC. A atividade física tem favoravelmente alterado a SM e os fatores de risco relacionados à DAC, como dislipidemia, obesidade, DM Tipo 2 e hipertensão. Ademais, para homens e mulheres com DAC, a melhora nos índices dos fatores de risco tem grande chance de resultar em aumento da expectativa de vida e em uma melhor qualidade de vida. Em vista destes fatos, o American College of Sports Medicine (Colégio Americano de Medicina Esportiva) fortemente defende a prática de atividades físicas como meio de melhorar a saúde do coração das mulheres de todas as idades.
Estratégias de prevenção possuem o potencial de diminuir significantemente o risco de DAC em mulheres e homens. O aumento da atividade física é a mudança de estilo de vida com maior probabilidade de levar a resultados de amplo alcance na prevenção primária e secundária da DAC. A atividade física tem favoravelmente alterado a SM e os fatores de risco relacionados à DAC, como dislipidemia, obesidade, DM Tipo 2 e hipertensão. Ademais, para homens e mulheres com DAC, a melhora nos índices dos fatores de risco tem grande chance de resultar em aumento da expectativa de vida e em uma melhor qualidade de vida. Em vista destes fatos, o American College of Sports Medicine (Colégio Americano de Medicina Esportiva) fortemente defende a prática de atividades físicas como meio de melhorar a saúde do coração das mulheres de todas as idades.
Fonte:http://www.cdof.com.br/acsm8.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário