Exercício e o resfriado comum !

Um resfriado é uma inflamação das vias respiratórias causada por uma infecção viral. O resfriado é possivelmente a doença mais recorrente nos humanos. Mais de 200 vírus diferentes causam resfriados, o rinovírus e o coronavírus são os responsáveis em 25 a 60 por cento das vezes. As infecções por rinovírus ocorrem com mais frequência durante o outono e a primavera, enquanto o coronavírus é mais comum durante o inverno.
Os Centros de Controle de Doenças e Prevenção dos Estados Unidos estimam que mais de 425 milhões de gripes e resfriados ocorrem no país, resultando em 2,5 bilhões de dólares por dias de licença da escola e do trabalho, e em custos médicos. Uma pessoa tem de duas a três inflamações respiratórias por ano.Crianças pequenas sofrem de seis a sete anualmente.

Como se pega um resfriado?

   Apesar de ainda ser controverso, crescentes evidências sugerem que, pelo menos entre os adultos, os vírus são transmitidos de pessoa para pessoa, principalmente ao inspirar pelas vias aéreas (ou seja, propagados pelo ar). Os vírus podem ser propagados por contato direto com a secreção nasal aquosa, mas isso pode ser raro, exceto, talvez, em creches. Os resfriados graves transmitem vírus mais facilmente que os moderados porque uma grande quantidade de vírus é espalhada no ar pela tosse e pelos espirros. Assim, para limitar a propagação do vírus do resfriado, tosses e espirros devem ser cobertas com lenços de tecido ou de papel. É também uma boa ideia se livrar dos vírus lavando as mãos com sabonete e água, e desinfetando tudo que estiver ao redor.

   A umidade, o frio ou as ventanias não aumentam os riscos de se pegar um resfriado. De acordo com a maioria dos pesquisadoresdo assunto, o clima frio apenas “obriga” as pessoas a ficarem juntas em lugares fechados, o que leva a um maior contato entre pessoas.

Tratamento do Resfriado

   Os médicos frequentemente dizem que um resfriado dura sete dias sem tratamento e com tratamento uma semana. A maioria dos remédios sem prescrição, incluindo os anti-histamínicos, descongestionantes nasais, remédios para tosse e analgésicos propiciam apenas alívio temporário. Estes remédios fazem a pessoa sentir-se bem enquanto o sistema imunológico trabalha para lutar contra a infecção. Para se livrar do resfriado, o sistema imunológico tem que produzir anticorpos suficientes para destruir os vírus, um processo que leva de três a quatro dias.
   Os antibióticos que lutam contra bactérias não têm valor algum no tratamento de um simples resfriado que é causado por um vírus.
   Até mesmo o antigo inalador não tem ou oferece pouco benefício aos sintomas do resfriado. A vitamina C, de acordo com a maioria dos pesquisadores, não previne resfriados, provavelmente só reduz um pouco a severidade e duração dos sintomas.
O repouso, a ingestão de chás ou sopas, e a procura de conforto em remédios para gripe que não necessitem de prescrição continua sendo tudo o que se pode fazer para tratar a maioria dos resfriados.

Mantendo o sistema imunológico em boa forma 

   Ficar resfriado após uma quantidade suficiente de vírus ter adentrado o corpo depende de muitos fatores que afetam o sistema imunológico. Envelhecimento, tabagismo, estresse mental, má nutrição e falta de sono; todos estes fatores têm sido associados com o funcionamento imunológico deficiente e com o aumento do risco de infecção.
   Baseado no conhecimento atual, o bom funcionamento imunológico pode ser mantido com uma dieta equilibrada, mantendo os estresses da vida ao mínimo, evitando a fadiga crônica, e tendo um sono adequado. O funcionamento imunológico é reprimido durante os períodos de baixa ingestão calórica e rápida redução de peso, portanto a perda de peso deve ser gradual para manter a boa imunidade.

Caminhada diária evita resfriado?

   Pessoas que se exercitam apresentam menos resfriados do que os inativos. Um exemplo disso é uma pesquisa recente que revelou que 61% de 700 corredores amadores relataram ter menos resfriados desde que começaram a correr, enquanto apenas 4 por cento sentiram que eles aumentaram. Em outro levantamento, de 170 corredores experientes, que vinham treinando durante 12 anos, 90% relataram que concordam parcialmente ou completamente com a afirmação de que "raramente ficam doentes".
   Para testar esta crença cientificamente, dois estudos bastante controlados com mulheres jovens e idosas foram realizados. Em ambos os estudos, as mulheres nos grupos de exercício trotaram de 35 a 45 minutos, cinco dias por semana, durante 12 a 15 semanas, enquanto os grupos de controle permaneceram fisicamente inativos.
Os resultados foram relatados por entusiastas do fitness. Os caminhantes apresentaram cerca de metade dos dias com sintomas de resfriado do que os sedentários.

    Outra pesquisa mostrou que, durante o exercício moderado, várias mudanças positivas ocorrem no sistema imunológico. Embora o sistema imunológico retorne aos níveis pré-exercício muito rapidamente após a sessão de exercício acabar, cada sessão representa um impulso que parece reduzir o risco de infecção a longo prazo.

O excesso de exercício atrapalha? 

   Entre os atletas de elite e seus treinadores, uma percepção comum é que o excesso de esforço reduz a resistência aos resfriados. Durante os Jogos Olímpicos de Inverno e de Verão, os médicos relatam que "as infecções das vias respiratórias são abundantes" e que "os problemas com os atletas que mais incomodam são as infecções."

   Para determinar se esses relatos eram verdadeiros, 2.311 corredores de maratona, que correram a Maratona de Los Angeles em 1987 foram estudados. Durante a semana seguinte à corrida, um entre sete corredores ficou doente, o que foi cerca de cinco vezes mais que a taxa de corredores que treinaram para a Maratona, mas não correram.

   Durante o período de dois meses antes da corrida, os corredores que treinaram mais de 97 quilômetros por semana duplicaram as suas chances de terem doenças em comparação àqueles que treinaram menos de 32 quilômetros por semana.
Pesquisadores na África do Sul também confirmaram que após o esforço para competições, os corredores têm grandes riscos de ficarem doentes.

   O sistema imunológico dos maratonistas tem sido estudado em condições laboratoriais antes e depois de correrem de 2 a 3 horas. Uma repentina queda no funcionamento imunológico ocorre de 6 a 9 horas.
Diversos imunologistas na área de exercícios acreditam que isto permite que os vírus se espalhem e se estabeleçam.

Repousar ou exercitar-se quando estiver doente?

A maioria das autoridades médicas em imunologia recomenda que:

• Se a pessoa tiver sintomas de resfriado (como coriza e dor de garganta, sem febre ou dores no corpo em geral), o treinamento físico intensivo pode ser retomado alguns dias após o término dos sintomas.

Exercícios de leve a moderado (por exemplo, caminhar), quando o resfriado não aparenta ser nocivo é recomendado.Em dois estudos, usando sprays nasais para um rinovírus que pode levar aos sintomas de resfriado, os indivíduos foram capazes de praticar exercícios durante a doença sem efeitos negativos na gravidade dos sintomas ou na capacidade de desempenho.

• Com um conjunto de sintomas de febre, cansaço extremo, dores musculares e inchaço dos gânglios linfáticos, exercícios de 2 a 4 semanas deve ser permitido antes da retomada do treinamento intensivo.

• Em geral, se os sintomas são do pescoço para cima, o exercício moderado é provavelmente aceitável. Alguns pesquisadores argumentam que são até benéficos, enquanto que o repouso e uma progressão gradual para o treino normal são recomendados quando a doença é sistêmica.Em caso de dúvida quanto ao tipo de doença infecciosa, os indivíduos devem consultar um clínico geral.

Aplicações práticas 

   Embora mais pesquisa seja necessária, o American College of Sports Medicine (ACSM), apóia que a atividade física moderada (30 minutos por dia, na maioria, se não todos os dias da semana) exerce menos pressão sobre o sistema imunológico do que o exercício prolongado e intenso. O exercício físico regular e moderado reduz o risco de infecções respiratórias. Relatórios anteriores do ACSM também aconselham às pessoas a se exercitarem moderadamente para o aprimoramento da saúde e prevenção de doenças.
   Atletas que treinam muito para competir podem reduzir o risco de infecção respiratória seguindo as orientações presentes neste artigo para manter o sistema imunológico em boa forma.

Fonte:

NOME DA INSTITUIÇÃO: Universidade Católica de Santos - UNISANTOS

NOMES COMPLETOS DOS ACADÊMICOS: Bianca Martins do Carmo e Paola Bessa
ENDEREÇOS DE E-MAIL: biancacarmo@hotmail.com.br /pah.bessa@hotmail.com
TELEFONES PARA CONTATO: (13) 88178016 / (13) 91715713
ENDEREÇO DO LINK TRADUZIDO:http://www.acsm.org/AM/Template.cfm?Section=Current_Comments1&...
Data de Publicação: 04/07/2011

Treinamento Funcional !!

Exercícios Físicos e o ganho de peso relacionado a idade !

Aproximadamente 1/3 da população adulta dos U.S.A é obesa. O ano de 2000 tem como objetivo reduzir este índice em 20%. Assim, o controle do peso tem se tornado uma importante meta na saúde pública. A método de informação de perda de peso mais freqüente é a dieta. No entanto, é um método à longo prazo e bastante pobre. No entanto, somente cerca de 10 a 30% daqueles quem perdem peso reduzindo calorias, conseguem manter a perda do peso com sucesso.
   Associar exercícios e dieta com o controle da perda de peso, a longo prazo, é o melhor caminho. No entanto, a influência da atividade física regular com o controle da perda de peso é um regulamento bastante complexo. Embora numerosos estudos experimentais têm documentado o efeito positivo da atividade física sobre o peso do corpo e a reserva de gordura, ainda é distante o conhecimento de como os efeitos alcançados dos exercícios regulares e os risco do ganho de peso interferem na população geral. Em registros recentes, há sugestões que a atividade física regular pode ser proveitosa para minimizar o ganho de peso com o avançar da idade ou mesmo, reduzir as morbidades substanciais com o ganho de peso, mais do que as atuais promoções de perda. Todavia, a saúde pública tem como primeira estratégia a prevenção do ganho de peso com o avanço da idade e redução da prevalência da obesidade mórbida e a mortalidade nos USA.
   Um estudo publicado no jornal International "Journal of Obesity", informa numerosas descobertas a esse respeito, atividade física no controle do peso. Em grande observação, foram analisadas 5000 pessoas de meia-idade entre homens e mulheres. Loretta Dipietro, Ph.D., M.P.H. e colaboradores compararam em dois anos uma melhora na capacidade cardiorespiratória (determinado por testes em capacidade máxima de rotina) com mudanças sobre o peso corporal de seis meses à 7 anos.
   Observou-se que, cada minuto do tempo aproveitado na rotina do programa minimiza o ganho de peso cerca de 60 gramas em relação ao mesmo período comparado com os participantes que não foram acompanhados de perto e não participaram da rotina do programa. No entanto, a perda de peso só se inicia a partir de 3 a 5 minutos em ambos os sexos.
   Além disso, pode-se observar que em cada minuto aproveitado na rotina de trabalho, reduz a probabilidade de ganho de peso em até 5 kilos em 14% dos homens e 9% nas mulheres e 10 kilos é a probabilidade de ganho de 21% entre homens e mulheres. Vale lembrar que, esses resultados não estão associados a outros fatores que interferem no ganho de peso e exercícios, tal como o hábito de fumar. Outro fator que deveria ser observado, é que a melhora no índice de boa forma foi necessário para minimizar o ganho de peso; mas, simplesmente manter o índice de boa forma, também não foi eficiente para afastar o lento aumento do peso corporal com o avanço da idade.
   Na verdade, estas e outras recentes descobertas de Paul T. Williams, Ph.D. do American Journal of Clinical Nutrition, sugere que o aumento da quantidade de atividade física pode ser necessária para efetivamente manter o peso corporal com o aumento da idade.
   Desta maneira, as descobertas na atual base da população sugerem que a atividade física e boa forma é mais uma tacada para minimizar o ganho de peso com o avanço da idade e prevenindo significativamente o ganho de peso, sendo mais benéfico que a promoção de perda de peso. Ainda que, hoje a relação entre a melhora na boa forma cardiorespiratória e redução de ganho de peso parecem ser pequena, no decorrer de décadas esta pequena poupança acumulada pode ser bastante significativa, especialmente quando considerado os riscos associados com as doenças crônicas relativas a obesidade.
   Recentemente, O American College of Sports Medicine ( ACSM)/Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o National Institutes of Health, e o Surgeon General's Report on Physical Activity and Health atentam para 30 minutos ou mais de atividade física de intensidade moderada por dia; e 1 vez por semana ou todos os dias da semana na ordem, se obtém significativamente benefícios a saúde. A meta pode ser atingida, também por pessoas, que no mínimo, realizem um programa regular de caminhada em passos acelerados.
   A saúde pública desafia, portanto, as mentiras no que se refere somente a promoção dos benefícios para quem inicia a atividade física mais cedo, o qual pode ser perfeitamente atingida mantendo durante todo o processo de envelhecimento, prevenindo substancialmente o ganho de peso e a obesidade com a idade.

Fonte:http://www.cdof.com.br/acsm4.htm
Autor:Loretta DiPietro, Ph.D., M.P.H